gota de orvalho desce sobre o corpo
desliza
cai no umbigo
cai no umbigo
deslizam as mãos na razão
inefável razão constrói raízes
vou fundo no desejo: ter o corpo
anos depois sinto
pingo de chuva escorre no vidro
cai no espaldar da janela
lapido o sentimento
misturo paixão, carência, cimento
pétala de lascívia enruga os seios
ah meus seios em seus pêlos
ruborizo de paixão, carência
sobre o muro de cimento clamo
naquele canto de quarto motel
cama, espelhos, olhos, cabelos
saudade espalmada entre as pernas
arrepio, ternura, aconchego
vontade plasmada no tempo
Nenhum comentário:
Postar um comentário