sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

cavaleiro montado em pêlo

sorriso
não descola dos olhos
cavaleiro louco montado em pêlo
cavalga os devaneios
olhos são poucos
bocas são poucas
beijos são poucos
lança a espada transloucada nos seios
toma o corpo,
a donzela: só desejo
arrebata tesão
saudade louca de correr as pernas
beijar o pescoço
apertar o corpo e pernas
não espera, não!
corre, esquece o tempo
esquece vem
que recebo, aperto, amasso
sorriso vai
sorriso vem
olhos
saudade da sede não cessa
vem
que recebo, aperto, amasso
devoro os sentidos
arrepio os ouvidos
solto palavras obscenas
pro cavaleiro fazer cena
falar, discursar, enfiar
vem
que recebo, aperto, amasso
ah sorriso!
olhos são tão pouco
bocas são tão pouco
beijos são tão pouco
ter é tão pouco
tão pouco,
no entanto sacio

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