domingo, 1 de maio de 2011

Cio

Para mim é tão fácil desejar. Convenhamos existe uma certa história (muito mal contada, diga-se de passagem) de que as mulheres não desejam, apenas amam. Eu não acredito nisso. Pelo menos, não é assim comigo. Eu desejo, e  muito. Não estou falando de uma noite romântica, à luz de velas, champagne e fogos de artifício, como se costuma pensar que uma mulher desejaria. Não. Eu desejo cheiro, corpo, pele, suor. Desejo carnalmente. Desejar simplesmente. Desejo sexo, porque não? Desde pequenas aprendemos que devemos casar, ter filhos e depois morrer pro sexo. Ou então contentarmos com um beijinho e boa noite. Essa vida pra mim não basta. Acho que não só pra mim, mas muitas de nós não se contentam com isso.
Qual o problema de querer, assim como os homens podem querer, apenas transar, pele, carne, suor, secreção, gozo? Eu particularmente ando muito interessada em corpos masculinos nus, sarados ou não, negros ou brancos, tatuados ou não, turbinados ou não. Fico vendo eles passar em frente aos meus olhos e os desejo cada vez mais. Os imagino mexendo, gemendo... seus sons e cores, sorrisos nas bocas molhadas, gotas de suor. Uma vontade que sobe e desce, aflição no meio das pernas, pega nos olhos e se espalha pela boca, orelha, cabelo, seios, barriga e toma conta de todo o meu corpo. Uma coisa incontrolável que jamais conseguiria lutar contra. Na verdade, nem tento lutar já me dou por vencida de antemão. Por que o prazer que me dá desejar desse jeito tão profundo é para mim a melhor sensação que já experimentei. Às vezes fico assim por horas, me excito... sem desejar parar. Imagino cenas e situações das mais variadas, sempre picantes momentos de prazer. Nessas horas o desejo toma conta de mim, como se fosse meu dono e nada mais importa, sou simplesmente ele, nada mais além dele. Esse desejo intenso de mulher no cio. Nada romântico, nada plasmado de um cor de rosa irreal. Apenas  uma mulher de carne e osso. Sexo e nada mais.

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